domingo, 24 de abril de 2011

Mensina

Me ensina,
por qual porta, janela ou muro,
fresta, fenda, frincha ou furo,

Transpasso,
íntegro, inteiro, seguro,
as fronteiras do teu mundo.

Me guia,
por teus caminhos mais seguros,
pelas estradas corretas, retas,

Me afasta,
dos sobressaltos, precipícios,
do asfalto falto,

Contenha-me,
para que eu não, afoito, derrape,
nas sinuosas curvas dos teus medos.

Desenha em tua pele um mapa,
com as mais precisas coordenadas,
dos recônditos cantos dos desejos,

Confia a mim os teus pontos proibidos,
onde pulsam espremidos, encolhidos,
o arrepio, o gemido, o êxtase.

Me fala,
dos sons que te causam enlevo,
das palavras que te entristecem,

Me ajuda a compilar o dicionário da tua alma.

Me ensina,
a despertar teus sonhos,
a adormecer teu pranto,

A contemplar, sereno, a beleza dos teus silêncios.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sobre a ansiedade

"Não há infortúnio maior do que esperar o infortúnio.”
Pedro Calderón de la Barca

"Tão pouco do que pode acontecer de fato acontece.”
Salvador Dalí

Retirado da Carta da editora - Revista Mente Cérebro nº 219

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Adeus, Stalin!

Os vulcões arrojam pedras, as revoluções e as guerras, homens. Espalham-se famílias a grandes distâncias, deslocam-se os destinos, separam-se os grupos dispersos às migalhas; cai gente das nuvens...

Os Trabalhadores do Mar - Victor Hugo
Retirado do livro Adeus Stalin! de Irene Popow.