Eu tenho muitos ódios
Eu tenho muitos silêncios
Eu tenho muitos desejos
Mas o cimento, o cimento, cimento O áspero
Muitos tédios, eu tenho
Me drogo, me entalo, consumo remédios
Eu levo muito a sério, Eu falo muito a sério, Eu penso muito a sério
O ócio, o fácil, o macio, o estio, o afago
Um doce doce de uma doce avó
Eu não tenho
Muitos medos me têm
Eu sofro muitos danos
Eu causo muito danos
Estrago, quebro, esquartejo
Arranco, arrasto, parto
Esmago, arremesso, afasto
Urro, espanco, estraçalho
Tanto Poder de Destruição
Em um quase resto, um quase nada
um punhado de pó
em um canto ínfimo de um universo infindo, imenso
Eu tenho medos, imensos
Infindos
Pedro
ResponderExcluirVocê é humano,apenas humano. Mas um humano que cuida de si e do outro humano, com as mãos, com as palavras que diz e que escreve. Um humano que sofre, um humano poeta, um humano músico. Um pai humano, um irmão humano, um filho humano, um amigo humano, um amante humano.
Humano, apenas humano.
Beijos Maria Clara
Pedro, seu poema é belissimo. O uso das palavras conta o poeta que você é.
ResponderExcluirBeijos
Sandra Viola