À noite todos os homens são pardos,
Ao
dia, todos seus atos, parvos
Há
noites em que desperto num pulo
Há
dias, escuros, escusos
E
eu que não creio, não espero,
Anseio
E
eu que não entendo se sinto,
Sofro?
Qual
é o nome disto, sem traços,
Sem
laços, sem meios?
Como
se chama o que não tem rosto,
Sem
gosto, nem veias?
Isto
o que eu penso, tem fundo?
O
que eu não penso,
Sem
rumo ou sentido,
Isto
é sentimento?
Isto
em meu peito, aperta
Isto
em minha voz, engasga
Isto
em minhas vísceras, contorce
Um
abraço conforta
Um
sorriso pede um abraço
Um
braço chama, o outro afaga,
O
afago encosta, o toque clama
Um
beijo aflora, o outro cora
Mais
lábios, mais línguas
Más
línguas, mais perto
O
perto assusta
Há
noites em que acordo em um pulo
Ligo todas as luzes, às pressas
Tremo,
temo, não sonho
Transpiro,
sozinho, impuro
O
mundo à volta, escuro. E vivo
Eu
vivo?
A
solidão em si, é nada
A
solidão em mim, o nada
O
encontro em ti, não é tudo
Como
se junta, quando não é parte?
Como
se fala, se pensa e se sente,
Quando
se chora?
Como
se anela o que não tem face, nem juntas ou moldes,
O
que é a procura da procura da procura,
O
que não tem vida, nem arte?
Como
se achama?
fantástico...como se chama a dor? como se chama o amor? e a falta de ambos, como se chama?
ResponderExcluirJunta tudo num livro, Pedro, que eu compro!
ResponderExcluirTudo de bom,
Mario.
Legal, Pedro!
ResponderExcluirParabens pelo blog !
Amilcar