Há que se manter o foco.
Se o foco é bruma,
imagem falha,
a mira vira miragem.
Se o alvo é oco,
o foco é fosco,
é foco-fátuo.
Há que se afinar o foco.
Sintaxes alquebradas,
sinapses aleijadas,
caleidosfoco.
Reter, deter, derreter o hiper-foco.
A autoestrada das sensações,
o alto-falho das tentações,
as incertezas.
A certeza
perene
da perda
do melhor
do agora.
Há que se manter o foco em riste.
Fugir, sempre, do refulgir caótico
da infinita sala de espelhos
do parque das perversões.
Há que se manter o foco.
Há que se manter.
O foco.
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