O não,
O nada-em-tudo,
O vazio...
A falta.
A espera,
Um indizível alvo,
Algo...
Solidão.
A vida vista da janela,
que não invade as frestas,
que não vinga.
O mundo se evade.
Das minhas fraquezas,
de tantas precariedades minhas,
o mundo se vinga.
A Solidão,
Brinda a si com uma fina taça de fel,
se apaixona, se enfeita,
Inebria-se.
Em si, por si, a si própria,
O não outro, o não ser,
o impróprio do próprio.
O sólido evanescente,
A desação.
À Solidão,
Sempre,
pretendo-me acostumado,
Sempre.
Mas a Solidão é sempre o nunca.
Falo, mudo, para ninguém.
Palavras, frases, sons,
em gestos largos,
repetidos, decorados, repetidos,
Diálogos surdos, intenções.
Atenção, a tensão.
O teto, as paredes,
O chão,
Nenhum-ninguém, um algo esboça,
alento algum, emboça.
Os desejos, os desejos, os desejos.
Solidões.
Atirem o primeiro sorriso,
Os que nunca estiveram sós.
Solidão 2
Uma frase em mente, mormente,
uma antiga canção:
“me dê a mão, vamos sair pra ver o sol.”
Parabéns, Mano Véio.
ResponderExcluirGrande amplexo.
Jorge
é sempre assim depois que te leio. fico reflexiva, sem palavras, meio encantada. só metade. a outra parte tocada me deixa consciente para consagrar a sua beleza. você é lindo, marolinha! obrigada!
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