O outro é pouco,
O outro é o mundo.
O não mundo eu sou?
o não meu é o do mundo?
-/-
Em outros espelhos me lustro,
em outros saberes me ilustro,
em outros quereres me farto,
E um pouco adiante,
um tiquinho de após,
antes da próxima curva,
Me encurvo,
míope, extraviado, inculto,
Farto.
No outro,
o confuso,
o difuso,
o fusco-fuso,
o anti-horário das horas.
Com o outro os tempos variam.
Ao outro as minhas reservas,
todas, completas,
Aposto.
As mais altas apostas,
as fichas todas,
a carta mais valiosa,
a cadência sinfônica,
a derradeira nota,
o tostão que me resta.
Ao outro,
meus melhores trajes,
os altivos gestos,
os vocábulos raros.
Em mim,
os andrajos,
o sem-prumo,
a almasmática.
-/-
Ao cabo,
quando as horas se bastam,
findo é o outro.
Eu
resto
alquebrado,
nem nada,
nem mundo.
Adorei este, Pedro!
ResponderExcluirComo o mergulho pode ser tudo e nos deixar sem nada.