Retroalimentação
Da auto-deglutição, escapulir
Almejada meta
Infinda
Desmanchar, esmagar, destruir
O que resta
Do ainda
Da autocomiseração
Em meu aterro solitário, onde não se avista
Deito o podre, o que não presta
O sujo e o feio
E minh’alma, mesquinha, egoísta
Exímia no tapear, mestra
Constrói o meu anseio
Despeja uma camada de prata
Outra de ouro, disfarça
Retrai
Com luxo tudo arrebata
Aos ratos e urubus atrai
O falso e a farsa
Mas ainda não satisfeita
Molha com perfume
Encharca, enxágua, esfrega
E então
Da borda frágil escorrega
O fétido, o curtume
A desgraça espreita
Desvão
O leito instável
Abarrotado, nato
Dança em dança tresloucada
A viga mal-acabada
A intriga, o mato
Esgarçam o indecifrável
Encharcados, regurgitam
Revolvidos, recomeçam
A retroalimentação
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