terça-feira, 21 de setembro de 2010

a ti Desejo te


O homem dentro do terno, mata
Há muito, mata.
O seu terno, uma couraça
Em seu peito um cora-cão.

O homem dentro do velho, treme
Há muito teme.
Em seus pelos muitas cãs
Da sua cova, um medo insão.

Se é terno somente a veste
Não o sentir de quem o veste
O manto afasta o abraço fraterno

Se mata, o verbocídio
O ato-fato, a ceifa do nome da seiva
A folha falha, espalha, palha

Se o chão é cova
Um passo em falso
O alçapão

Se a cã se espalha
O branco embaça
A nula ação

Pausa... Preencho, invento, a ti dôo:

Uma manta-térnica
Um arte-fato
Um chão-colchão

Uma florida-mata...

Uns, dois, três, alça-pães
Aos ares, doces e amores!

Mil cãs-can-cans
Pernas e pelos em cores!

Um cão-cantinho-bichinho
Em teu regaço, eu quentinho

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