Todas as perdas
todos os danos
todos os males
todos enganos
me atribuo culpa.
Mas que árbitro é este
que tenho-sou?
Abonando o mundo,
me sentenciando.
Já não paguei as minhas dúvidas,
não quitei as minhas dívidas,
não dividi o meu corpo
em zonas de dores?
Que venha a bonança,
inventadas paixões,
pequenas alegrias.
Minha alma me oferta perdão.
Que o severo juízo
deste juiz ancestral
me conceda benesses.
Um habeas-cor
um habeas-paz
um novo amor.
Belíssimo!
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